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Como reter o talento na organização?

Recentemente, escrevendo para a publicação interna de uma grande corporação multinacional, tratei do tema descoberta, desenvolvimento e retenção de talentos.

Esta última dimensão da gestão dos recursos humanos, no entanto, parece despertar especial interesse de empreendedores e administradores.

Portanto, compartilho com vocês um decálogo que preparei para orientar aqueles que pretendem manter os melhores colaboradores em suas organizações.

Estabeleça metas claras. Os melhores profissionais também se perdem quando não sabem bem o que fazer. Portanto, não basta que remem. É preciso que remem na direção certa e que saibam em qual porto atracar.
Você sabe o quanto é desconfortável digitar um texto ou preencher uma planilha enquanto alguém, por sobre seu ombro, examina o trabalho. Organizações precisam, sim, de coordenadores. Mas vigias obsessivos funcionam sempre como espanta-talentos.
Se você é um líder, ofereça feedback constante ao subordinado. Se ele está fazendo errado, corrija-o, capacite-o. Se ele está fazendo certo, manifeste sua aprovação.
Estimule a inovação que agrega valor aos processos operativos. Se um colaborador sugeriu um aprimoramento, analise com carinho a ideia. Converse com ele a respeito.
Evidentemente, as pessoas não costumam recusar bons salários. Mas o efeito motivador desses ajustes costuma esvanecer-se rapidamente. Bons desafios, ao contrário, mantêm as pessoas estimuladas por longos períodos.
Às vezes, é melhor vergar do que quebrar. Se você é um gestor departamental, seja flexível. Por vezes, é melhor realocar um colaborador do que perdê-lo para a concorrência. Se ele pode se desenvolver mais em outro setor, seja sensato: ceda-o. Permita a mobilidade.
Convém que as empresas tenham um banco de dados atualizado e bastante informativo sobre cada colaborador. É importante que os líderes setoriais tenham total acesso a esse material. Muitas vezes, o talento de saída pode ser resgatado, na última hora, por outro departamento da organização.
Aos talentos, exiba horizontes. Mostre até onde podem chegar. Gere oportunidades. É chover no molhado, mas vamos repetir: desenvolva planos de carreira para os colaboradores, especialmente para o que mais se destacam.
Desenvolva programas de sucessão. Capacite subordinados, de forma permanente, em todas as dimensões hierárquicas. Assim, você perde menos quando uma peça-chave deixa a empresa.
Lembre-se da famosa pirâmide de Maslow. Aqueles quase satisfeitos, próximos do topo, ainda buscam a auto-realização. Forneça degraus para que a alcancem. Lembre-se da ideia compartilhada pelo poeta grego Píndaro e pelo filósofo alemão Nietzsche: “torna-te quem tu és”. Permita que os talentos da empresa também concluam essa metamorfose.

Pense nessas ideias. Reflita.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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