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O que o curling pode ensinar à gestão?

Há mais de uma década, escrevi meu primeiro livro, Reinventando Você, obra que oferecia orientações para os profissionais no ambiente das mudanças.

Por exemplos, mostrei que o sucesso depende sempre de um olhar atento à novidade, desprovido de preconceito.

A história mostra que, dessa forma, os grandes empreendedores evitaram a obsolescência e ganharam vantagens nas disputas comerciais.

Esse exercício de observação não se limita, obviamente, ao campo da produção e da negociação. Conquistar mercados depende de um saber integral sobre as transformações no campo do comportamento e da cultura.

Neste início desta semana, o Jornal Nacional, da Rede Globo, investiu longos minutos para explicar um estranha nova paixão de muitos de seus telespectadores: o curling.

Trata-se do jogo que seguramente mais agita a torcida na Olimpíada de Inverno, disputada em Sochi, na Rússia.

De olho no interesse de seus clientes-consumidores, o canal SporTV inovou no marketing de relacionamento, montando uma pista de curling na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Mas, afinal, que jogo é este? Nasceu na Escócia, séculos atrás, como brincadeira sobre os lagos gelados.

Nos últimos anos, no entanto, vem sendo reinventado e incorpora, cada vez mais, os benefícios das novas tecnologias.

O esporte, hoje o segundo mais popular do Canadá, fascina porque guarda semelhança com jogos já conhecidos, como a malha e a bocha.

Em sua versão no gelo, no entanto, é só modernidade. A pedra, por exemplo, se ilumina para determinar se o lance foi ou não válido.

Eliminou-se também o determinismo do erro. Um movimento pode ser corrigido pelas vassourinhas que desbastam o gelo e fazem caminhos alternativos até o alvo.

Toda essa atividade se desenvolve em equipe. Um jogador desatento pode colocar tudo a perder.

Mais interessante é que o curling é muito mais que perícia. Na verdade, é um jogo de xadrez, em que cada jogada precisa ser estrategicamente pensada.

Para muitos, é excentricidade, coisa de estrangeiros. Melhor seria que o víssemos como referência importante da reinvenção.

A Rede Globo está de olho no fenômeno e, ao compreendê-lo, aprimora seu produto e o seu negócio.

Que inspiração esse estranho curling pode trazer ao seu processo de reinvenção? Assista, pense, reflita.

Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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