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O que um nocaute ensina ao Anderson Silva e o mundo da Gestão?

O que um nocaute ensina ao Anderson Silva e o mundo da gestão?

Não é segredo que o esporte oferece excelentes lições àqueles empenhados em gerir bem e desenvolver negócios. Por isso, na semana passada, tratei das virtudes de Felipão, o técnico que levou o Brasil a mais uma conquista importante no futebol.

Desta vez, a lição vem do MMA (Mixed Martial Arts), que se tornou a modalidade de luta mais popular do mundo com a decadência do boxe.

Para a maior parte dos críticos, a maior figura desse esporte é o brasileiro Anderson Silva, que nos últimos anos virou celebridade no Brasil, atuando em comerciais de televisão e frequentado os programas noturnos de entrevistas.

Alçado à categoria de mito, o “Spider” manteve por sete anos o cinturão dos pesos médios. Foram 17 vitórias consecutivas, dez delas em defesas do título

. Até que chegou o dia 6 de Julho de 2013, quando o curitibano colocou seu título em jogo contra Chris Weidman, um norte-americano que começou no Ultimate Fighting há apenas quatro anos e que, para muitos especialistas, era um “azarão”.

Na luta disputada em Las Vegas, no UFC 162, Silva mostrou-se, a princípio, confiante. Depois, no entanto, pareceu encher-se de soberba. Provocou o adversário, fez caretas e outras gracinhas. Sentia que poderia vencer o combate quando desejasse. Weidman, no entanto, mantinha o foco e a seriedade.

Em uma das vezes em que Silva baixou a guarda para debochar do oponente, tomou um cruzado, caiu grogue e, no chão, ainda recebeu uma sequência de socos.

O árbitro decretou o fim da luta e, atordoado, o brasileiro viu o norte-americano tomar-lhe o cinturão.

No mundo corporativo, vemos o tempo todo esse filme. É o “Golias” tombando diante de concorrentes que fazem o papel do pequeno Davi.

No setor de aviação, por exemplo, colhemos muitos exemplos nas últimas décadas. A poderosa Pan AM, por exemplo, julgava-se grande demais para cair. Mas caiu. Em seu livro Pan Am: Na Aviation Legend, Barnaby Conrad III avalia que o colapso da empresa se deve a uma combinação de diversos fatores, entre eles os erros de gestão.

Não foi diferente no Brasil, onde a outrora poderosa Varig cedeu lugar a empresas que começaram timidamente, como Gol e TAM, fortalecidas pela adoção do modelo low cost.

Grandes players caem, frequentemente, por cinco motivos:

1. Como cuidam de gigantes, seus gestores consideram que tudo se arruma naturalmente, ou seja, baixam a guarda;
. Corporações líderes, tornam-se arrogantes e acreditam poder ditar as regras do mercado, mesmo em tempos de mudanças;
3. Tendem a se tornar conservadoras, resistentes à inovação;
4. Tornam-se obsoletas por conta de produtos ou modelos de negócio ultrapassados;
5. Convertem-se em organizações lentas, incapazes de mudar rapidamente os procedimentos em momentos de crise.

Logicamente, os atores menores do teatro da disputa comercial aproveitam-se dessas brechas para crescer e somar triunfos.

É o caso bem conhecido da Apple, que começou numa garagem e, com coragem, atingiu o topo de seu mercado.

Essas lições servem para todos que têm algum tipo de concorrente, acima ou abaixo. Baixar a guarda? Nunca. Afinal, a teoria, na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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