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Colunistas: Carlos Júlio

Economia da Responsabilidade: O mundo preocupado com a radiação no Japão.

O terremoto que arrasou parte do Japão ocorreu em 11 de março. No entanto, o mundo ainda acompanha alarmado as ações para conter o vazamento de radiação da usina de Fukushima.A semana começou com a notícia de que foi detectada a presença de plutônio em cinco pontos do complexo. Antes disso, três trabalhadores tinham sido hospitalizados por terem sido expostos a altos níveis de radiação.Esses eventos suscitaram um vivo debate internacional sobre a pertinência do uso da energia nuclear.

O governo alemão saiu na frente e resolveu desativar seus reatores mais antigos. E a China suspendeu seus planos de construção de novas usinas.Logicamente, isso tem significado especial para os gestores empresariais de todo o mundo.

Afinal, não existe produção sem energia. Não há negócios sem energia.Numa entrevista concedida à revista Época, Stephan Singer, diretor de política energética global da organização ambiental WWF apresentou uma opinião interessante sobre o tema.Segundo ele, a indústria nuclear “rouba” investimentos das fontes de energia limpas e renováveis, como a eólica e a solar. Singer afirma que a indústria nuclear já produziu 100 mil toneladas de resíduos altamente tóxicos para os quais não há depositário final seguro em nenhuma parte do planeta.Um artigo do professor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia José Goldemberg, publicado na revista Com Ciência (SBPC/LABJOR), lança luzes sobre esses riscos, de natureza física, econômica e estratégica.

Os físicos são obviamente aqueles associados à liberação de radioatividade, altamente danosa à saúde humana. Foi o que ocorreu em Chernobyl, na década de 80, acidente que ainda faz vítimas silenciosas.O riscos econômicos estão ligados aos altos custos da energia nuclear. Os reatores, segundo o físico veterano, são caros e exigem altos investimentos em segurança.Goldemberg assinala que atrasos na implantação de complexos nucleares são frequentes, o que aumenta seu custo de capital, pois alonga-se o período de pagamento de juros sem contrapartidas de lucro.Além disso, é comum a interrupção do funcionamento dos reatores. Ou seja, trata-se de uma indústria que paralisa sua produção com frequência.O professor ainda lembra que existe o risco permanente de que esse tipo de energia seja utilizada na produção de armas de alto poder letal.Para Goldemberg, a “renascença nuclear” dos últimos anos teve forte apoio do governo de Bush filho, que ofereceu estímulos as empresas norte-americanas produtoras de equipamentos para o segmento.Segundo o especialista, essa pressão fez com que muitos países negligenciassem opções mais atraentes do ponto de vista econômico para a produção de energia.O caso japonês dirigiu os olhos do mundo para as tragédias anteriores. De acordo com o geneticista ucraniano Vyacheslav Konovalov, em regiões próximas a Chernobyl, 80% dos animais nascem com alguma mutação. Ele cita os casos de monstros como potros de oito patas e bezerros com duas cabeças.

Retomo aqui, portanto, o tema da economia da “responsabilidade” e sustentabilidade abordado em meu livro A Economia do Cedro, que deve nortear a atividade empreendedora nos próximos anos.A tecnologia ligada à energia nuclear já gerou enormes benefícios à humanidade, como no caso da Medicina, mas será que não vale investir ainda mais em hidrelétricas e, sobretudo, na energia gerada pelo sol, pelos ventos e pelas ondas do mar?Pense nisso.

Pense também em empreender, criando seu próprio negócio, pois o Brasil está cada vez mais se destacando no mercado internacional.

Veja na palestra Caminhos do Brasil a oportunidade de crescer junto com o Brasil.A teoria gera na prática, as boas idéias que fazem o mundo funcionar.

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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