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Colunista

COP-16: "E Eu Com Isso?"

Não é raro ouvir gente culta e inteligente pronunciando essa frase em tom de desprezo. O motivo, talvez, seja a falta de informação.

Portanto, nunca é demais repetir que hoje é fundamental a inclusão da responsabilidade social e ambiental à estratégia de negócio das empresas, conforme prega, há muito tempo, o professor Michael Porter.

E, não se engane: essas ações se converteram em importantes ativos das empresas. Não é à toa que mais de 1500 já adotam as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI) para elaborar seus relatórios de sustentabilidade.

Difunde-se hoje, rapidamente, a ideia de que a corporação de sucesso está assentada sobre os três pilares que formam o chamado Triple Bottom Line (3BL): people, planet e profit.

Isso quer dizer que uma companhia somente é saudável quando a boa performance no campo contábil-financeiro está aliada a uma relação harmônica com as pessoas e o meio ambiente.

O desempenho integrado já é medido e exposto a investidores e ao público em geral. O Dow Jones Sustainability Index, por exemplo, converteu-se numa importante referência para muitos aplicadores, grandes ou pequenos.

Curiosamente, enquanto o mundo das pessoas comuns se movimenta, os governos batem cabeça na 16ª Conferência do Clima, que se realiza em Cancún, no México.

Ali, tudo parece difícil e todas as discussões são arrastadas, a ponto de o presidente Lula dizer publicamente que o encontro “não vai dar em nada”.

Os japoneses, por exemplo, recusam-se a assinar uma prorrogação do Protocolo de Kyoto. Reclamam que os Estados Unidos e a China, campeões nas emissões de CO2, não estão fazendo a lição de casa.

Fora das discussões da cúpula, no entanto, coisas formidáveis acontecem ou são divulgadas.

O Brasil já ofereceu um bom exemplo. O Eco, jornal que circula no evento, destacou um recorde na redução do desmatamento na Amazônia, a menor taxa nos 23 anos da série histórica.

Para se ter uma ideia, foram desflorestados 27 mil km² em 2004, contra 6,5 mil km² no mais recente período de avaliação. Podia ter sido ainda melhor se os operadores de motosserras não tivessem se deslocado para pequenas propriedades, onde dificilmente são flagrados pelos fiscais.

O que é mais interessante na reportagem, no entanto, é o lembrete de que essa evolução não é somente obra do governo. Segundo a publicação, é também resultado da pressão constante da sociedade civil.

Na semana passada, lamentamos aqui o impacto negativo das imagens da “guerra” no Rio de Janeiro sobre a “marca” Brasil, algo que assusta e afugenta investidores.

Os avanços na conservação da Amazônia têm efeito justamente contrário. Mostram um país em transformação, consciente e disposto a se corrigir.

Não tenha dúvida: é esse tipo de notícia que alegra os novos parceiros, especialmente aqueles interessados em estimular o setor produtivo.

Portanto, vale a pena prestar mais atenção à COP-16 e fico muito feliz em ver que a minha Tecnisa – empresa da qual sou membro de seu Conselho de Administração já publicou seu relatório no GRI.

Afinal, a teoria na prática, funciona!

Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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