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Como gerir a construção do bem estar?

Interessante o que conta este pequeno e despretensioso escrito de Sêneca, um dos grandes pensadores da Roma antiga.

“Espero que você tenha interesse em ouvir sobre o efeito que teve em minha saúde a decisão de deixar Roma. Larguei para trás a opressiva atmosfera da cidade, com suas panelas fumarentas e suas nuvens de cinzas, e logo notei uma mudança em minha condição. Você não pode imaginar como me senti mais forte depois de chegar aos meus vinhedos”.

Esta carta escrita há cerca de 2 mil anos não exibe muito dos vastos conhecimentos de Sêneca, mas revela o quanto a gestão do ambiente tem sido importante para a vida humana.

Este, aliás, é um dos temas de meu livro A Economia do Cedro, que trata de modo particular das relações entre produção e condições de vida.

Dias atrás, um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que o ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído se não existisse o metrô.

Divulgado em workshop na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa utilizou-se de dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM).

Segundo os autores dessa investigação científica, nos dias em que a cidade fica sem metrô (como durante greves), ocorre considerável aumento nos atendimentos de pronto-socorros e nas internações hospitalares.

Os problemas são variados e não se restringem a doenças respiratórias. Registram-se, por exemplo, mais casos de problemas oftalmológicos e cardiovasculares. Quando piora a qualidade do ar, morrem mais pessoas.

Aqui delimitamos um território em que melhorias são de interesse do setor público e também do setor privado. É evidente que num quadro de degradação das condições ambientais sofrem também as organizações produtivas, duramente golpeadas em seus recursos humanos. Padece a recepcionista, no hall de entrada, e o CEO, na sala de conferências no alto do prédio.

Gerir é zelar também pela manutenção do bem-estar nos territórios em que desenvolvemos nossas atividades.

Certamente, temos muitos problemas nessa área, mas é certo que nunca tivemos tanto saber e tecnologia para solucioná-los, de modo particular na área de infraestrutura.

Aperfeiçoar o sistema de transporte público, ampliando a rede de trens, é apenas uma das urgentes missões de nossos administradores urbanos.

De outro lado, convém aos planejadores privados constituir os novos núcleos de concentração laboral ou residencial de forma coordenada, nas margens dessas redes limpas de transporte.

As empresas existem para criar mercados e fazer girar a roda da economia. Entretanto, isso se faz de forma mais efetiva quando existe bem-estar e, consequentemente, disposição para o trabalho e para o consumo.

Gerir para o bem-estar é, portanto, gerir para o progresso econômico. Afinal, a teoria, na prática, funciona!


Contatos através do e-mail: julio@carlosjulio.com.br
Site: www.carlosjulio.com.br

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