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Empreendedorismo

Empreendedora transforma hobby em negócio de sucesso no interior de SP

30/10/2015

Juju, Laura, Bruna e Alice. É assim que a empreendedora Heloisa Collins, 65 anos, se refere às cabras de sua fazenda, em Joanópolis, a cerca de 120 quilômetros de São Paulo. Heloisa é a proprietária da Capril do Bosque, empresa de queijos de leite de cabra que fornece para alguns dos melhores restaurantes de São Paulo, como Fasano e Piselli.

Heloisa conseguiu realizar o sonho de muitos empreendedores: transformou o hobby de produzir queijos em um negócio em expansão. “Eu comecei pequeno porque meu interesse era pessoal, não tinha a intenção de fazer um negócio. Comecei porque sou uma boa comedora de queijos”, diz Heloisa.

A atividade de lazer foi ganhando o apoio de amigos e familiares, mas Heloisa não tinha planos de largar a carreira de pesquisadora. “Não comecei meu negócio por uma frustração, que às vezes é um motivo comum que leva as pessoas a fazerem isso. Fui ficando animada à medida que as coisas foram dando certo”, afirma.

Na fazenda, Heloisa tem um rebanho de 52 cabras que fornecem metade do leite para a produção. Além dos queijos, o local abriga um restaurante . “O meu negócio é bem verticalizado. Faço a produção do leite, do queijo e tenho um restaurante onde o queijo é a estrela. É um modelo de negócio não tão comum no meio rural”, diz.

Há sete anos, a Capril recebeu a primeira autorização para comercializar os queijos no município. Em 2013, conseguiu o aval do estado para fornecer para outras cidades em São Paulo. Metade dos 2000 mil litros de leite utilizados na queijaria por mês é produzida pelas cabras da fazenda. A outra metade vem de fornecedores escolhidos cuidadosamente por Heloisa. Em um mês, o local produz 300 quilos de queijo de sete variedades, como Camembert, Bûche e Caprino Romano. O quilo custa, em média, 153 reais.

Parte desta produção é destinada ao bistrô, que recebe até 100 pessoas por final de semana. O restante é distribuído entre revendas, como a loja Mestre Queijeiro, em São Paulo, e os restaurantes da capital, como Fasano, Tuju, Carlota, Piselli, Attimo e Bravin. “Esse ano a meta é crescer. A gente quer duplicar a quantidade de restaurantes, para uns 20, e chegar a cinco revendas”, afirma.

Um dos desafios de crescimento, para Heloisa, é administrar e treinar a equipe. Hoje, doze pessoas trabalham entre a queijaria, a produção de leite e o bistrô. “Uma dificuldade grande é treinamento de mão de obra. A cidade é pequena e provinciana e a gente tem que fazer todo o treinamento em serviço. Você tem que garimpar o perfil da pessoa que sabe trabalhar com delicadeza, precisão, seguindo regras de higiene”, diz.

A ausência de uma indústria de queijaria artesanal no Brasil também complica o acesso a insumos específicos. “É muito difícil conseguir todos os insumos por um preço razoável. Se você pega uma queijaria como a minha, inspirada em queijos franceses, ela precisa de insumos como fungos e fermentos específicos”, afirma. Com altos preços de importação, a empreendedora chega a comprar os produtos online e paga as taxas e impostos quando chegam ao Brasil.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios


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